terça-feira, 14 de abril de 2009

O esplendor das artes gregas e Romanas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Esse povo sadio, inteligente, jovial e empreendedor, assimilou o legado de civilizações milenares, deu-lhe um cunho próprio e original, realizando o que se convencionou chamar o milagre grego.”

MÁRIO CURTIS GIORDANI

Esse povo sadio, inteligente, jovial e empreendedor, assimilou o legado de civilizaçoes milenares, deu-lhe um cunho proprio e original, realizando o que se convencionou chamar o milagre grego.”

MARIO CURTIS GIORDANI

SUMÁRIO

 

1.   Introdução

2.   Grécia – Os Criadores

2.1.             Arquitetura Grega – Uma Influência

2.1.1.Período Arcaico

2.1.1.1.  Ordem Dórica – A Mais Antiga

2.1.1.2.  Ordem Jônica – Esplendor e luxo

2.1.2.Helênico – Século de Péricles

2.1.2.1.  Ordem coríntia – O Apogeu da Arquitetura Grega

2.1.3.Helenístico

2.2.             Escultura Grega

2.2.1.Escultura da Período Arcaico – O Sorriso Arcaico

2.2.1.1.  Uma Breve Maravilha do Mundo Antigo

2.2.2.Escultura Helênica – O realismo Idealizado

2.2.2.1.  Grande escultores Helênicos

2.2.3.Escultura Helênica – Os retratos Psicológicos

2.3.             Pintura Grega

2.3.1.Pintura Grega – Grandes Vasos e pequenas evoluções

2.4.             As Demais Artes

2.4.1.O teatro Grego

2.4.2.A Grande Literatura Grega – A Primeira da Europa

3.   Roma

3.1.             Arquitetura Romana

3.1.1.Arquitetura Etrusca – O inicio de Roma

3.1.2.Arquitetura de Roma – No período da Republica

3.1.3.O Grande império Romano – O Público e o Privado

3.2.             Escultura Romana – A s personalidades de Pedra

3.3.             Uma Pintura para Roma

4.   Legados

4.1.             Legados Gregos

4.2.             Legados Romanos

5.   Conclusão

6.   Referência Bibliográfica

 

 

 

 

 

 

 

1 – Introdução

 

            Historicamente são considerados gregos todos que falaram a língua grega tendo em sua linha do tempo p período Micênico e a Idade das Trevas, de 1500 a 1100 a.C, e 1100 a 750 a.C respectivamente, sendo que por um censo estilístico vamos apenas abordar os períodos Arcaico (de 1750 a 480 a.C), Clássico (de 480 a 323 a.C) e Helenístico (de 323 a 30 a.C).

            O Período Micênico tem temas artísticos ligados à caça e a guerra, grandes monumentos, estilização e grande influencia da cultura minóica.

Estátuas de jovens - período Arcaico

Fonte: Site Uol Educação

            A Idade das trevas é marcada com um empobrecimento culturais, e pela emergência de estilos cerâmicos regionais e dos primeiros templos em madeira.

            Já o importante período Arcaico é marcado pela influência oriental, o uso de pedras em templos e edifícios públicos, cerâmica desenvolvida com cenas narrativas, esculturas de tamanho natural, e formas estáticas estilizadas com domínio imperfeito sobre a anatomia e proporção.

            O Período Helênico (pode ser chamado também de Clássico ou Áureo) é marcado pelo amadurecimento e pelo ápice da arte grega, sendo que seus templos e edifícios públicos eram feitos em pedra de forma monumental, a representação naturalista da figura humana, utilizando formas idealizadas de homens e mulheres em movimento.

            Já o Período Helenístico (que também pode ser chamado de Expansão ou Macedônico), é marcado pela emergência de centros artísticos fora da península balcânica, representando em sua arte emoções, figuras com traços realistas e menos idealizadas, desenvolvimento do nu feminino, retratos, casas particulares e do planejamento urbano.

             Imitada pelos Romanos por toda Antigüidade e na idade Média européia, influenciando os artistas do Renascimento, do Neoclassicismo e de quase todas as fases artísticas posteriores, a arte Grega influência até hoje a arte nos diversos tipos de arquitetura, pintura e escultura moderna.

            Grécia é uma nomenclatura romana para os Helenos que chamavam seu país de Hélade, geograficamente ocupavam a parte sul da península balcânica, as costas da Ásia menor e o sul da Itália.

            Já os romanos descendiam de vários povos, sendo inicialmente os povos que habitavam a Itália chamados de lígures ou iberos, porém com a

Busto de Agripina

Museu de Faro

invasão dos indo-europeus, diferentes civilizações ocuparam a península itálica. O centro da península era habitado pelos italiotas, próximo ao baixo rio Tibre, formava o Lécio, habitado por latinos e ao norte deste mesmo rio havia a Etrúria, habitado pelos etruscos, um povo de origem incerta que exerceram grande influência sobre os romanos, já o sul como já citado era ocupado por colônias gregas formando Magna Grécia, sendo que no extremo norte estavam os gauleses ou celtas, dominando o vale do rio Pó.

            Já a linha do tempo romana é separada por período Etrusco que vai da sua fundação em 753 a.C, até o ano de 509 a.C, tendo sido seguido até o ano de 27 a.C, pelo período da república, precedido pelo ultimo período denominado Império, que se estendeu até o ano de 476 d.C.

            Inicialmente os romanos traziam as obras de arte encontradas na Grécia após conquistá-la, os navios vinham cheios de obras de arte grega, inundando assim os edifícios públicos e as suntuosas residências, influenciando assim os artistas romanos que começaram a copiar o trabalho grego, homenageando personalidades romanas, fazendo até que poetas romanos como Horácio, digam que na verdade a Grécia dominou Roma e não o contrário, devido a grande influência no território romano, porém os artistas romanos foram também muito criativos e inovadores com o passar dos anos.

            Os Romanos eram organizados e eficientes, e na arte não foi diferente, procuravam utilidade e praticidade imediata, portanto o principal destaque romano é a arquitetura. Embora os romanos não tenha se destacado como artistas e sim conquistadores, foram grande propagadores e financiadores da arte, tanto com sua própria arte como também pela arte dos outros povos, e a importância de Roma é tanta que o fim da Idade Antiga e o inicio da Idade Média é marcado pela queda de Roma no ocidente, sendo que idade Moderna começa quase mil anos depois com a queda de Constantinopla, no império Romano do Oriente.

 

 

 

 

 

 

2 GRÉCIA – Os Criadores

 

            A civilização grega se apresenta talvez como a mais fascinante e atraente civilização da Antiguidade. Este povo produziu com maestria grandes manifestações de sua cultura através da literatura, filosofia, arte e política sem mencionar seus excepcionais dotes físicos, sendo indiscutivelmente uma das maiores influencias artísticas de toda história.

            Em pouco tempo (relativamente), este povo assimilou o legado de civilizações milenares como o Egito, dando-lhes um sentido próprio e original, realizando uma arte e ciência com um desenvolvimento invejável, deixando seus próprios e majestosos legados.

            A civilização grega tem grande influência sobre a sociedade moderna, como a democracia, muitas área cientificas, a escrita atual e principalmente em arquitetura onde em diversas partes do mundo podem se encontrar cópias de seu estilo, graça e grandeza.

            Segundo Croiset o cidadão Grego em si difere muito dos asiáticos ou dos romanos, ele é incontestavelmente inteligente, procurando entender seu meio e a si mesmo, tendo menos sensibilidade do que imaginação, considerando que sua sensibilidade já era grande.

            Ao contrário do que se imaginam os gregos não andavam por ai lutando pela liberdade, ou mesmo discutindo incansavelmente as propostas e idéias de Platão, porém se mostrou através da história um povo de sensibilidade exacerbada, e isto os dava um grande potencial artístico, sendo como todo artista um povo de extremos tendo em vista que ou se era um grande herói beirando os Deuses, ou então era se um vilão volúvel sem escrúpulos, como podemos constar nas grandes obras literárias da época atribuídas a Homero, como a “Ilíada” ou a “Odisséia”, tendo como fio condutor uma arrogância que os estimulava atribuído a eles mesmos o inicio do mundo, a criação do homem, e até mesmo do s animais, através de seus mitos e lendas, tendo em sua mitologia histórias muito ricas que influenciam até mesmo a medicina moderna, como por exemplo, o “Calcanhar de Aquiles”, nome de uma região próxima ao pé.

            Obviamente como em qualquer estudo tem de se evitar generalizações quanto ao povo helênico lembrando que todas as pessoas de qualquer tempo têm características diferentes e só algumas são lembradas individualmente através da história.

            Nos tempos modernos podemos ver o legado grego, nas Olimpíadas, em obras de arte modernas influenciadas, quando nos distraímos com grandes autores da literatura Universal, e até mesmo quando falamos, tendo em sua vasta língua muitas palavras que ficaram para os contemporâneos como, por exemplo, “Democracia”, “Filosofia”, entre outras.

            Para melhor explicar a geografia da Grécia ela é separada em três regiões, Grécia Setentorial, Grécia Central, e Peloponeso, observando o mapa 1 e o mapa 2, podemos entender melhor a extensão geográfica desta grande civilização. A Grécia Setentorial possui Tessalia, e é banhada pelo Peneu e seus afluentes, já a Grécia Central possui as regiões de Acarnânia, Etólia e Beócia, possuindo a famosa cidade de Tebas, tendo a também famosa cidade de Corinto próxima à divisão com Peloponeso, que é uma península onde se localiza Esparta e Itaca citada no épico de Homero na Odisséia.

 

[Mapa_da_Grecia_Antiga.jpg]

Mapa da Grécia antiga 1

Historia da Arte da Pré-História à Arte Contemporânea

Mapa detalhado da Grécia antiga 2

Brgeocities.com (hospedagem de imagens)

 

 

Como se pode perceber o Mar Egeu era como um rio Grego, banhando todo o território Grego.

 

 

 2.1 ARQUITETURA GREGA – Uma Influência

 

Casa Branca (White House)

Foto de Dalton Gang

Theatro Municipal de São Paulo

Foto de: Rodrigo Guergolet

         A arquitetura Grega está presente nos tempos contemporâneos de forma extensa, por exemplo, ao visitar a cidade de Washington D.C, capital dos Estados Unidos da América, nos deparamos com a “White House – Casa Branca”, uma estrutura que simplesmente é uma cópia da arquitetura grega, e o centro do poder americano como podemos ver na figura ao lado.

            Assim também como se andarmos na França, perceberemos muitas construções parecidas com esta, todas estes locais muito longes da Grécia, ou de Roma, sendo que bem próximo da nossa realidade encontramos construções neste estilo, assim como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro ou de São Paulo, seguindo os moldes desta civilização que não podemos negar sobrevive até hoje através de sua cultura, conhecimento e principalmente arte, deixando diversos monumentos importantes como herança para o mundo.

2.1.1 PERÍODO ARCAICO

 

            No período Arcaico a Grécia desenvolveu dois tipos de arquitetura tendo regiões especificas para o aparecimento do mesmo, tendo em duas ordens que de longe são as mais importantes dentro da arquitetura Grega, denominados de ordem dórica, e ordem jônica, tendo cada uma suas próprias características. É importante ressaltar que o conceito ordem é uma denominação para a diferença entre esses dois estilos, sendo que cada ordem se difere principalmente em suas colunas e entablamento.

 

2.1.1.1 ORDEM DÓRICA – A Mais Antiga

 

Templo dórico

Portal São Francisco

            A ordem dórica é a mais antiga e difundida da Grécia, sendo ela mais simples e maciça, tendo um sentido mais funcional e puro que as demais ordens, sendo considerada a ordem “masculina”, anteriormente os edifícios eram confeccionados em adobe, porém no período arcaico ele caiu em desuso, sendo substituído convenientemente pela pedra, que permitiu que na parede externa (peristilo) da edificação fosse acrescentada mais uma fileira de colunas, trazendo um teor mais complexo chegando ao nível monumental destes edifícios.

            O estilo dórico foi juntamente com o jônico um dos primeiros estilos arquitetônicos da Grécia, sendo desenvolvido ao sul da mesma nas costas de Peloponeso.

Templo de Hera I

Foto de:  Michael Greenhalgh

            A coluna dórica como pode se ver na figura acima era basicamente um pilar geralmente sem base, adornado com pequenos relevos entalhados nos mesmos, normalmente era plantado diretamente no fundamento da edificação. As colunas contavam com um elemento chamado Capitel, nada mais é que estes quadrados que constam na parte superior das colunas que consistiam basicamente em uma espécie de almofada, acompanhada de uma placa quadrada chamada ábaco.

            Os templos dóricos eram em geral baixos e maciços, suas colunas davam suporte ao entablamento, que consiste em arquitrave (uma pedra horizontal, que descansa diretamente sobre o capitel), a cornija (parte superior do entablamento, que possui uma saliência acima, fazendo um “bico”), e o friso (exatamente o meio entre a arquitrave e a cornija).

            As extremidades do telhado eram adornadas com esculturas e sobre este entablamento havia telhas por se assim dizer.

            Um dos legados deixados pelos gregos no estilo dórico foi o templo de Hera I, conhecido como basílica, como se pode ver na figura.

Estrutura dórica

Cedido por: Profº José-Manuel Benito Alvarez

 

2.1.1.2 ORDEM JÔNICA – Esplendor e Luxo

Templo jônico

Portal São Francisco

 

            Já as construções jônicas tinham um tamanho mais considerável, apesar de praticamente do mesmo período da ordem dórica, sendo ela mais esbelta, elegante, ornamentada, delicada e luxuosa, sendo considerada também como a ordem “feminina”, o estilo jônico surgiu no leste da Grécia, em cidades como Samos e Esmirna.

            A coluna Jônica, como se pode ver na figura ao lado, possuía uma base adornada e um capitel mais fino, devido a sua estrutura, era bem maiores que as dóricas, da base da coluna até o capitel a coluna ficava mais fina dando assim uma maior leveza ao conjunto da obra. O capitel jônico se assemelhava ao penteado das mulheres da época, e seus frisos verticais se assemelhavam com as roupas das mesmas, caracterizando-se pelas volutas.

            A construção jônica se apoiava em duas fileiras de colunas e por isto eram maiores, tendo também mais adornos, sendo as colunas mais estilizadas, e os frisos decorados com altos-relevos. Sua decoração secundária difere muito sendo bem lembrada pelo número e beleza das esculturas que as adornava. Segundo alguns arquitetos o mais belo dos templos Jônicos foi o Erecteion de Atenas, feito em honra de Erecteu, um lendário herói ateniense.

Cariátides no Erecteion de Atenas

Foto de: Evangelos Thomaidis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estrutura Jônica

Cedido por: Profº José-Manuel Benito Alvarez

 

2.1.2 HELÊNICO – O Século de Péricles

 

            A arquitetura do período helênico, é caracterizada por um senso de organização e equilíbrio, entregando-se a proporções de ordem matemáticas, sendo a época que marca o inicio do século de Péricles, caracterizado por um embelezamento de Atenas, a mais conhecida cidade grega. Neste período as cidades e ilhas que mais utilizavam a ordem Jônica, em suas construções, caíram em poder dos Persas, o que explica a escassez de templos jônicos, nesta época.

            Os arquitetos do período helênico se concentraram em melhorar o estilo dórico, esforçando-se para harmonizar os diversos elementos arquitetônicos e suas relações determinando assim módulos para a ordem dórica. A primeira grande construção dórica deste período foi o templo de Zeus localizado em Olímpia, sendo que no governo de Péricles quando reconstruíram Atenas, foram construídos muitos templos dóricos nas colinas da Acrópole, sendo o mais substancial e o que mais marcou o período helênico, construído com oito colunas de frente e dezessete de cada lado, decorado com esculturas, o Partenon. Sua construção influenciou toda arte e arquitetura grega, sendo que forneceu uma concepção ideal de forma e proporções humanas, tendo um enfoque emocional, sereno e despojado.

Friso norte do Partenon (aguadeiros)

Museu da Acrópole - Atenas

            Devido ao domínio dos Persas, os templos jônicos, perderam muito em quantidade e tamanho, se comparados aos da época arcaica, porem, eram muito mais graciosos e belos do que os seus anteriores, deixando de lado os motivos abstratos que caracterizavam a arquitetura grega arcaica, e partiram para simbolizara vida orgânica. Posteriormente os arquitetos gregos, pensando tanto na arquitetura dórica, quanto jônica, começaram a fazer uma tradução mais literal destes movimentos, unindo-os, surgindo assim a ultima ordem da arquitetura grega, denominada ordem coríntia, que se lançou no Templo de Apolo, em Bassas.

            Com o passar do templo o estilo coríntio combinou suas vertentes ao estilo dórico em muitos edifícios, passando nos últimos tempos do período helênico, por uma revitalização da ordem jônica, por influencia de um arquiteto chamado Piteas, que abandonou o refinamento, buscando apenas monumentabilidade.

2.1.2.1 ORDEM CORÍNTIA - O Apogeu da Arquitetura Grega

 

            A folha de Acanto caracterizava a extremidade do capitel desta ordem, que foi o ponto máximo da arquitetura grega, que se somou aos dois outros estilos (dórico e jônico). Sua principal característica era a forma do Capitel, que tinha tanta importância que até mesmo uma lenda foi criada a partir disto. Diz à lenda que uma bela jovem coríntia foi enterrada em campo aberto, junto com um cesto coberto de telhas que continham seus objetos preferidos, depois de um ano, na primavera, cresceram folhas de Acanto embaixo das telhas, não conseguindo passar as telhas o canto enrolou sua ponta e foi crescendo, resultando no desenho igual da imagem abaixo, vendo isto um arquiteto grego, chamado Calímaco, criou a nova ordem da qual falamos agora.

            Alguns autores afirmam que o estilo coríntio foi importado do Egito, tendo em conta que já existiam templos com florais decorando seus capitéis.

            Embora o período helênico tenha sido o apogeu da arte grega, o estilo coríntio, apesar de bem trabalhado só foi se firmar na Grécia 200 anos após o período helênico, quando a Grécia já vinha perdendo força e importância.

            Com exceção da forma do capitel, a ordem coríntia tem o restante dos elementos bem semelhantes aos da ordem jônica, por exemplo, o fuste estriado, a coluna assentada numa base, a arquitrave dividida em três partes. As colunas da ordem coríntia, era mais estreita sendo sua altura 11 vezes maior que seu diâmetro, sendo uma das ordens que mais exigia dos escultores que para ornamentá-la tinham que ter grande habilidade para trabalhar nos capitéis com suas ou três carreiras de folhas, assim como as volutas que se enrolavam logo acima da folha.

            Um dos maiores exemplos de templos com arquitetura coríntia, foi o Templo de Olympeion, do qual só restam ruínas. Esse estilo foi retomado posteriormente, desta vez pelos romanos que o modificaram procurando luxo e ostentação.

Templo de Olympeion

Foto de: Leandro Daniel Sky

Estrutura Coríntia

Cedido por: Profº José-Manuel Benito Alvarez

 

2.1.3 HELENÍSTICO

 

 

         Nos períodos anteriores, os arquitetos gregos pensavam na construção toda como uma unidade só, completa em si mesma, e como tal destacada das demais, porem no período helenístico, esse pensamento desapareceu, já que os arquitetos passaram a pensar em cidades ao todo, já que nesse período o desenvolvimento urbanístico aumentos, forçando-os a trabalhar com grandes pórticos, ruas cruzadas em ângulos retos.

            O plano de praças passou a ser regular, sendo necessárias para as necessárias reuniões populares tendo pequena ênfase nos detalhes individuais, mas com grande atenção aos prédios públicos e seculares (também os semi-seculares). As residências de proporções luxuosas tinham um pátio central, com peristilo dórico, decoração em pintura, estuque e mosaico. Os teatros mudaram, sendo abolidos o coro e o proscênio, aumentando com uma parede no fundo decorada.

O contato com o (Egito, Síria e Mesopotâmia), levaram a produção de novos estilos arquitetônicos, enriquecendo assim o repertório ornamental. Assim como o contato com essas regiões influenciou a Grécia, ela também os influenciou, fundindo-se com os estilos locais, tirando, por exemplo, a ornamentação do capitel coríntio, de folhas de Acanto, foram complementadas com ornamentos de base animal, e até mesmo de guirlandas.

Encyclopédie vol. 18.

As três ordens, Dórica, Jônica e Coríntia.

Na era cristã, a basílica helenística foi a mais usada até o século V. No início do século VI surgiu a igreja de cúpula e planta grega. Antes livre, a planta cruciforme passou a ser inserida em paredes retangulares, com muros externos octogonais. Seu apogeu verificou-se nos séculos XI e XII, com o uso de quatro cúpulas, uma em cada braço da cruz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.2 ESCULTURA GREGA – O esplendor antropomórfico

 

Hermes of Praxiteles
Museum at Olympia

            Assim como em todas as artes conhecidas, no começo, as esculturas gregas eram bem simples, porém com o tempo foi assimilando técnicas realistas que são copiadas até hoje. A escultura grega é subdividida em três períodos assim como a arquitetura é subdividida (para melhor estudo), em três partes, a escultura arcaica, helena e helenística, nesta respectiva ordem cronológica, sendo que a principio eram figuras de argila com moldes, normalmente de homens nus em pé, que representavam servidores de determinados Deuses, eles eram chamados de Curos, sendo que a escultura de retratos também começou neste período.

            Os primeiros templos gregos foram construídos para proteger as estátuas dos Deuses, e não para receber o público, tendo em sua arquitetura maior preocupação com o externo (possuindo também esculturas como adornos externos), tendo em vista que a maioria das cerimônias religiosas era feita ao ar livre.

            O antropomorfismo da escultura grega é dos mais perfeitos atingidos pelo homem, e nunca foram superados, sendo que as estátuas além do equilíbrio e perfeição típicos dos gregos tendo também movimento.

            Kouros é um tipo de estátua feita simetricamente em posição frontal, com o peso dividido igualmente entre as duas pernas, o que não dava movimento a escultura, normalmente esculpida no mármore, a palavra Kouros significa Homem jovem. Esta estatuária é típica do período arcaico.

            Já no período helênico, as esculturas eram geralmente esculpidas no bronze, que é mais resistentes que o mármore ajudando a simular movimento, neste período surge também o nu feminino, já que no período anterior as mulheres eram retratadas sempre vestidas.

            Já no período Helenístico, o naturalismo cresce sendo que os seres humanos não eram mais retratados apenas pela sua idade ou aparência, mas também segundo suas emoções, personalidade e estado de espírito em um momento específico, têm como característica também a sugestão de mobilidade, os grupos e a preocupação com os ângulos, fazendo com que elas fossem bonitas observadas de todos os ângulos possíveis.

            Os principais escultores gregos conhecidos são Praxiteles (primeiro artista a esculpir o nu feminino), Policleto (que criou o conceito de que o corpo das esculturas tinha que ter sete vezes o tamanho da cabeça, trazendo assim maior equilíbrio para as mesmas), Fidias (autor de Zeus Olímpico), Lisipo (proporção perfeita de oito cabeças), e Miron (autor do homem lançando o disco conhecido até pelas mais jovens crianças contemporâneas).

2.1.1 ESCULTURA DO PERÍODO ARCAICO – O Sorriso Arcaico

 

         O sorriso arcaico, é o que dizem os estudantes de arte grega arcaica, dizem quando fala no assunto, isto se deve ao fato de inicialmente as esculturas humanas do período arcaico, tinham feições estereotipadas vindo posteriormente (por volta do ano de 575 a.C.), adquirir uma expressão ambígua, porem mais livre que nos aos anteriores, que mantinham uma postura rígida (com o peso distribuído igualmente para as duas pernas), e suas feições “falsas”.

Kouros

Museu da acropole de Atenas

            Neste período o tema mais usado era do jovem nu que se chamava Kouros, e da moça vestida que se chamava Koré, assim como a jovem sentada.

            Gradativamente os gregos foram melhorando sua técnica de escultura mostrando sinais de uma observação atenta à anatomia, aos ossos e sugestões de movimentos reais, nas estátuas masculinas a sugestão de um pé na frente do outro, e nas femininas uma maior liberdade de movimento pela quantidade de tecido representado (não mostrando as pernas). Desde este período o homem virou o centro das atenções na arte grega, sendo que para os gregos, seus deuses muito parecidos com eles tinham criado cada detalhe do mundo, sendo que na arte grega o profano e o sagrada se misturavam, por serem conceitos diferentes dos atuais.

            Vale lembrar que as estátuas deste período já tinham tamanho relativamente parecido com o do próprio homem, e que os Kouros, tinham pequenas variações como o penteado, dimensões, tendo como padrão, a posição rigidamente ereta, braços estendidos junto ao corpo, a atitude de dar um passo a frente e o sorriso nos lábios. Estas estátuas não eram produzidas com fins simplesmente estéticos, serviam também como oferendas religiosas que eram colocadas nos santuários, ou marcavam a tumba de alguma personalidade (lembrando as pirâmides egípcias), sendo que os retratos ainda não eram comuns, as estátuas representavam um padrão de beleza e conceitos morais e éticos valorizados na época. Os mais conhecidos escultores do período arcaico são Laristocles, Kanacos e Héguias.

Koré

Museu Nacional de Atenas

            Vale lembrara que antes de entrar no período Helênico, houve um período de transição onde as antigas tendências se cruzam com as progressistas associadas à democracia, introduzida (e criada), em Atenas, trazendo maior liberdade para o artista e um momento para novas idéias, onde foram surgindo conceitos que levaram a mudança do Arcaico para o Helênico, vindo até a ter registros de emotividade na arte (como no Zeus de Olímpia), que só foram retomadas no período Helenístico.

 

2.1.1.1 UMA BREVE MARAVILHA DO MUNDO ANTIGO

 

A estátua de Zeus, em Olímpia. Foi feita de ouro e marfim com 40 pés de altura. Na sua mão direita, havia uma estátua da Vitória e na esquerda, um cetro - símbolo do poder, com uma águia pousada. A ave simbolizava esta divindade. Após 10 séculos de existência, a estátua foi destruída num incêndio em Constantinopla - hoje Istambul, na Turquia.
A única idéia que se tem da Estátua de Zeus vem das moedas de Elis, que se supõe carregar a figura original da Estátua.

 

 

Moeda de Elis

Museu Nacional de Atenas

2.2.2 ESCULTURA HELÊNICA – O Realismo Idealizado

O dorífero de Policleto

Nápoles, Museo Nazionale

 

            O Naturalismo tomou conta da arte grega neste periodo, sendo que a representação da anatômia se tornou quase perfeita, mesmo trazendo o senso grego de equilibrio e beleza absolutos. Ao contrário do periodo arcaico, o periodo helenistico, possue variadas poses, possiveis pelo uso do bronze nas obras que era um material mais resistente e dificultava que se quebrassem, aparecendo assim retratos de pessoas reais,  e não idealizações abstratas e seu acabamente deixa de ser frontal, recebendo igual atenção em todos os angulos da escultura, sendo que as poses eram das mais variadas.

            Ao mesmo tempo desta revolução na escultura, ela passou a ser usada com diferentes intuitos, sendo eles meramente ilustrativas, registro histórico, ou como decoração de grandes templos, que necessitavam neste momento de adornos para determinados locais onde a escultura se encaixava perfeitamente, como, por exemplo, no Partenon, que foi construido no mesmo periodo. Já como escultura funerária o ambito tambem mudou retratando o falecido, grupos familiares (para tumbas coletivas familiares), ou mesmo em despedida de parentes falecidos.

Asklepieion de Atenas

Atenas, National Archaeological Museum

            A representação na escultura helenica, não era apenas em estátuas como tambem em relevos que tambem buscavam o “realismo idealizado” e o corpo humano em movimento. Este periodo tambem foi o apogeu da escultura grega, sendo que seus principais artistas-escultores foram Policleto, Míron, Fídias, Lisipo, Praxíteles e Scopas.

 

 

 

 

 

 

2.2.2.1 GRANDES ESCULTORES HELÊNICOS

 

            Policleto nasceu em Argos, e trabalhou principalmente no Peloponeso, fazia principalmente estátuas de bronze representando atletas nus, Sua obra mais famosa o Dorífero (imagem no capitulo anterior), que significa “O portador de lança”, foi à prova sobre suas teorias sobre proporções idéias do corpo humano masculino, chegando a escrever um livro sobre isto chamado de Cânon, sendo que para ele a beleza consistia nas exatas proporções do corpo.

            Assim como todos que, serão citados quase nenhuma obra deles sobreviveu, tendo apenas milhares de cópias dos romanos, não tão boas, porém é melhor que nada.

            Miron nasceu em Eleutera, na Ática, tinha um cuidadoso estudo sobre proporções e simetria do movimento, trabalhando principalmente em Bronze, foi quem criou a famosa estátua do lançador de disco, lembrada por todos nós nas Olimpíadas, diz à lenda que fez uma vaca de bronze para Agora de Atenas, que muitas vezes era confundida com uma vaca real de verdade.

            Fidias era Ateniense, e foi o maior escultor da antiguidade segundo o historiador Speake, sabe-se que foi diretor das obras do Partenon de Atenas, e criou muitas obras, entre elas Zeus de Olímpia, obra esta citada no capitulo “Uma breve maravilha do mundo antigo”.

            Lisipo era natural de Sicíon, sendo que trabalhou essencialmente com bronze, tinha primazia pelo naturalismo e o detalhe, consta que era um estudante de Policleto, e percussor de perspectiva múltipla muito usada no período helenístico. Policleto teve diversos discípulos que se tornaram famosos, entre suas obras está Apoximeno e Heracles Farnese.

  Heracles Farnese

Nápoles, Museo Nazionale

 

Heracles Farnese

Nápoles, Museo Nazionale

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.2.3 ESCULTURA HELENÍSTICA – Os Retratos Psicológicos

 

Retrato de Homero

Paris, Musée du Louvre

Velha bêbada com Jarro de Vinho

Munique, Glyptothek

Assim como toda a fase no período Helenístico não foi diferente dos outros períodos, já que houve uma fase de transição, para a nova estética se impor. Nesta fase a escultura helenística foi marcada pelo individualismo, o realismo e interesse por “retratos psicológicos”, que nada mais eram do que retratar a pessoa fisicamente, expressivamente, buscando seu humor, sua personalidade e seu modo de pensar através das esculturas, porém esse período terminou em 250 a.C. onde o realismo se tornou exacerbado representando angústia, sofrimento entre outras emoções igualmente fortes, mantendo esta política de que deveriam se esculpir estes “retratos psicológicos”, já no ano 150 a.C. houve uma revalorização das linhas tranqüilas e serenas que eram características do período Helenístico.

O rei no período Helenístico foi valorizado chegando a um status de Deus, e por este fato foram construídas estátuas de bronze e pedra que representava estes homens, como pessoas de carisma e valores exacerbados. Uma das provas disto são os protótipos das imagens do jovem Alexandre, o Grande, que era jovem atlético e heróico, em contrapartida os reis posteriores se preocupam com uma imagem austera, sábia, firme, madura e modesta.

            Já os retratos de outros homens importantes ficaram cada vez mais reconhecíveis, dentro das esculturas, já que os filósofos eram retratados evidenciando a idade, sabedoria e vigor mental, assim como os atletas era exatamente o contrário, isso era possível através do “retrato psicológico” já citado.

            Representar estes atributos foi a mais importante característica do período Helenístico.

 

 

 

 

 

 

 

 

2.3 Pintura Grega

 

            Tudo que sabemos das pinturas gregas se encontram na cerâmica, que são conhecidas por manter uma dose de equilíbrio entre a composição, tratando muito bem do espaço utilizado, das cores disponíveis e a harmonia do desenho, sendo que os vasos em si são conhecidos pelo equilíbrio em suas formas. Apesar de servirem também para rituais religiosos, os vasos gregos, eram utilizados para guardar mantimentos e líquidos, sendo moldados para exercer a suas funções.

            Havia uma vasilha em forma de coração, com o gargalo largo, ornamentado com duas asas chamado de Ânfora, assim como também uma vasilha com três asas, sendo uma delas vertical para segurar quando corria a água e duas para levantar, existia a Cratera que tinha a boca muito larga (e não meramente larga), que tinha a forma de um sino invertido utilizado para misturar água e vinho (levantando a questão de que os gregos nunca tomavam vinho puro).

            As pinturas normalmente representavam as pessoas em suas atividades diárias ou figuras mitológicas assim como toda a arte grega, sendo que no caso dos vasos existiram 3 tipos de pinturas, as figuras negras sobre fundo vermelho, as figuras vermelhas sobre o fundo preto, e as figuras vermelhas sobre o fundo branco, sendo que o maior pintor de figuras negras sobre o fundo vermelho foi Exéquias.

 

Dionísio, no navio dos piratas. Interior de taça Ática de figuras negras de Exéquias

Data: c. – 530 Munique. Antikensammlung

 

 

 

 

2.3.1 PINTURA GREGA – Grandes Vasos e Pequenas Evoluções

 

Chegaram até nós pouquíssimos exemplares da pintura monumental arcaica que, além de paredes, eventualmente também decorava painéis de madeira e/ou de terracota. Nenhuma delas, infelizmente, parece de primeira linha.

Vaso grego, figuras vermelhas com fundo preto

Museu de Athenas

É difícil sistematizar o estilo da época com base em algumas poucas peças, mas de modo geral pode-se dizer que as imagens tinham apenas duas dimensões e pareciam ampliações das cenas de vasos de figuras negras dos séculos -VII e -VI. Muito esquemáticas, as cenas caracterizam-se pela composição simples, pela pouca importância dada à perspectiva e pelo uso de poucas cores.

Depois do Período Micênico, as mais antigas pinturas conhecidas são as métopas de terracota do templo de Apolo em Thermon, erguido por volta de -640. As cenas, comparáveis às dos vasos coríntios de figuras negras da época, representavam figuras isoladas ou em pequenos grupos com apenas quatro cores: vermelho, preto, branco e marrom claro.

As pequenas placas de madeira descobertas na caverna de Pitsa, perto de Corinto, têm cerca de 15 cm de altura e são posteriores às métopas de Thermon em mais de um século (c. -530). A cena, mais complexa que a do exemplo anterior, parece representar uma família que se prepara para efetuar um sacrifício. As figuras foram pintadas em azul, vermelho, preto e marrom contra fundo branco.

Será lícito fazer inferências a respeito das grandes pinturas murais perdidas a partir de exemplos tão pequenos? A mesma questão envolve as pinturas descobertas nas tumbas etruscas mais antigas. Os afrescos etruscos mostram nítida influência grega mas, como nenhuma pintura mural do Período Arcaico foi descoberta até agora nos territórios gregos, não é apropriado tecer comparações ou fazer afirmações conclusivas. Considerando, porém, que as figuras, os trajes e outros elementos se parecem muito com as cenas de vasos gregos contemporâneos, temos que reconhecer que essas obras dão pelo menos uma idéia do que pode ter sido a pintura mural "provincial", criada na periferia do mundo grego arcaico.

Datam do final do século -VI duas placas de terracota descobertas na Ática. A primeira, pintada no mais puro estilo de figuras negras, mostra uma

Detalhe de um vaso grego

Museo de Athenas

 prótese (gr. protese), "lamento fúnebre em volta do morto", e uma corrida de carruagens, temas comumente utilizados pelos pintores de vasos. As figuras são um tanto estáticas mas, como nos vasos, transmitem profundidade graças à sobreposição de elementos da cena.

 A segunda placa, que mostra um guerreiro correndo, foi provavelmente pintada pelo decorador de vasos Eutímides; é a única pintura arcaica de autoria conhecida. Eutímides misturou aparentemente duas técnicas, a dos desenhos esquemáticos e a de figuras negras, porém sem recorrer às características incisões. Os elementos da cena foram colocados no mesmo plano e há apenas uma leve noção de perspectiva, sugerida pela inclinação do escudo; mas os ângulos dos braços e das pernas conseguem emprestar um certo movimento à figura.

Havia, certamente, pinturas murais semelhantes aos vasos de figuras vermelhas, mas há uma lacuna entre a placa de Eutímides, datada de -510/-500, e o início do Período Clássico.

Vale lembrar que no período helênico, houve uma decadência não havendo mais evoluções, porém por volta do século III a.C. já no período helenístico ela voltou com esplendor, e totalmente renovada com maiores cores e grandes e esmeradas decorações.

 

Ânfora negra com pinturas

Museu Gregoriano-Etrusco

 

2.4. AS DEMAIS ARTES

        

         Não podemos pensar que os gregos brilharam apenas com a pintura, arquitetura e escultura, eles foram também os percussores do Teatro, da dança e da música como as conhecemos hoje.

            Alem do teatro e da literatura as quais serão abordadas ouve também uma dança esplendida, o inicio de todas as teorias e descobertas musicais.

 

2.4.1 O TEATRO GREGO

 

         O Egito Antigo, a China, a Índia, a china, Creta e até mesmo a Grécia já possuíam teatros mesmo antes do teatro Grego por se assim dizer, que se caracterizavam por ter sua estrutura voltada para fins religiosos, que é exatamente o que diferenciava estes teatros do teatro Grego. O Egito falava sobre seus Deuses, e sobre a certeza da vida após a morte, e como é a viajem para o Além da vida, já os Hindus representavam a preocupação da prolongação da vida e suas magias. Este teatro chamado litúrgico focava no cotidiano destes povos, e no consentimento dos Deuses, sempre carregadas de religiosidade.

 

            Assim como todos os outros povos o teatro grego começou no mesmo caminha sendo que, suas peças eram sempre focadas em determinado deus. No entanto posteriormente o foco passou a ser o homem e seus problemas cotidianos, afastando-se dos deuses, o que representa uma maior organização e uma cultura mais rica que os povos anteriores aos gregos.

 

Estrutura do teatro Grego

Extraido do livro Teatro Grego de Osmar Lannes,

           

Para alguns estudiosos de arte, a evolução do teatro Grego, é por se assim dizer apresentada pela valorização do homem, e a retratação de outras formas do homem, dando importância à beleza, ao sentimentalismo, a criatividade e a representação das mais diversas ações, sendo que, os teatros anteriores ao teatro Grego estavam estagnados por não se desprenderem do aspecto religioso e transcendental.

            Outro aspecto das interpretações do teatro Grego é que o homem do representado não é o homem Grego e sim um homem universal, era importante para os gregos que este homem percorresse o mundo e interagisse com ele, tomando diferentes atitudes para os mesmos problemas.

            A palavra teatro, tem como significado original como contemplo (de contemplar), que se dava a estrutura arquitetônica em que estes eram representados, estes “templos da representação” eram verdadeiras obras de arte sendo que as acomodações da platéia era uma meia-lua, e seu teto o céu, fazendo com que a peça dependesse do clima, para serem realizadas.

Máscaras Gregas

Desenho de João Lourenço

Vale lembrar que este teatro só tinha atores homens, e que estas representações eram feitas com mascaras, lembrando que, as mascaras que simbolizam o teatro atualmente são referencias a esta época, havia uma mascara para cada sentimento, um de angustia, de contemplação, de tristeza, sendo que vale lembrar que muitas vezes a mesma personagem usava mais de uma máscara, e as mulheres destas representações eram representadas por homens com máscaras femininas. Já o figurino variava de acordo com a estória contada, sempre com o cuidado de nunca ofuscar o principal que era a máscara, normalmente uma túnica de algodão branca ou colorida.

            O teatro grego tinha como foco representar o cotidiano, mas não de uma maneira supérflua, tinha como objetivo, educar, evidencias que existem costumes, personalidades e belezas, mostrando como o homem por si só representa de forma continua no mundo. A poesia contribuiu muito para atingir estes objetivos, contando com a beleza e sutileza das palavras, clamando sentimentos e estórias diferentes, numa arte muito bem convencionada. O esplendor do teatro Grego é provado pelo teatro contemporâneo que representa peças como “Antígona”, “A odisséia”, entre outras peças inspiradas nas estórias do teatro grego de mais de 2000 anos atrás.

 

 

 

 

 

 

2.4.2 A GRANDE LITERATURA GREGA – A Primeira da Europa

 

Ilíada de Homero

Ed: Odysseus

A Odisséia de Homero

Ed: Odysseus

            A Literatura dos gregos é vista como alicerce da literatura Romana, Clássica e passaram no decorrer dos anos a serem modelos universais, sendo o antepassado de todas as tradições literárias ocidentais. A literatura grega abordou temas como, filosofia, teatro e poesia, e textos religiosos, os grandes mitos gregos e os grandes temas cruciais da humanidade.

 A literatura grega do período arcaico, veio antes mesmo do uso da escrita para fins literários, eram feitas poesias para serem cantadas ou declamadas. Estes mitos que eram usados na literatura arcaica, não tinham dogmas religiosos, sendo que os poetas podiam modificar o perfil dos deuses para retratar determinado aspecto, ou chegar a determinado mote preciso, assim o pensamento grego já evoluía, tendo como exemplo os grandes épicos de Homero, como “a Ilíada”, ou então “a Odisséia”, que datam deste período. Havia também a poesia didática de Hesíodo, que com diferentes temas e tratamentos davam assim mesmo a tradição épica, sendo provavelmente anterior a Homero.

 No período helênico a literatura grega atingiu seu ápice com, por exemplo, as tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípides, a comédia de Aristófanes e a lírica coral de Píndaro, sendo também um período onde a retórica e a oratória que eram foco de estudo interdisciplinar, porque levantavam temas morais e disciplinares, com questões sobre a verdade, sendo objeto de estudo de filósofos e advogados, sendo que a prosa histórica deu-se neste tempo. Os mais famosos deste tempo e que influenciam a filosofia, cultura e ciência até a idade contemporânea foram Aristóteles e Platão, que são exatamente do período helênico.

 Já no período helenístico, havia uma classe dominante, composto de um grupo seleto de gregos e macedônicos (Império de Alexandre – o Grande), sendo que as cidades-estados vinham se deteriorando, e a artes passavam depois de muitos anos ao patrocínio privado, com exceção da comédia Ateniense, que visava este pequeno público, que apreciava a erudição e a sutileza. Pelos três séculos posteriores houve um pensamento, que nesta época os escritores tinham em mente que os gregos viviam num mundo onde Roma era o centro.

 

 

3 ROMA

 

 Roma antiga nasceu a partir de uma cidade-estado, chamada também de Roma, que foi fundada na península itálica durante o século VIII a.C.. Roma se desenvolveu passando uma monarquia para uma republica oligárquica e posteriormente um império que dominava toda a margem do mar Mediterrâneo, e tendo uma expansão imensa e a assimilação cultural, admirando e copiando principalmente a cultura grega, em termos filosóficos, políticos e artísticos. A queda de Roma se deve a um problema político por volta do ano de 476 d.C, onde este vasto império foi dividido em duas partes, sendo que a parte ocidental (a qual estava Gália, Itália e Hispânia), entrou em colapso criando vários reinos independentes, e a metade Oriental (a qual era governada por Constantinopla), passou a ser referida como império Bizantino, período este aproveitado pelos historiadores para marcar ao inicio da Idade Média.

A civilização romana está incluída no grupo da Antiguidade Clássica, junto com a Grécia Antiga, que muito influenciou este povo, que até a idade atual é lembrada e influencia a cultura mundial, sendo uma das civilizações que mais contribuíram para o desenvolvimento de várias áreas de estudo como o direito, teoria militar, arte, literatura, arquitetura, lingüística, entre outras.

O período Etrusco é o menos conhecido dos períodos gregos devido a falta de documentos encontrados, vários destes documentos registram a sucessão de sete reis, sendo que o primeiro foi Rômulo em 753 a.C..

A região do Lácio foi habitada por latinos e etruscos sendo que estes tiveram um papel importante na história da Monarquia de Roma, já que vários destes reis tinham origem Etrusca.

O fim da monarquia de Roma, deu-se no reinado de Tarquínio, o Soberbo (534 a.C – 509 a.C), que tentou reduzir o poder do Senado na vida política Romana, e acabou exilado da cidade. O papel do rei neste período era dos atuais poderes executivos, judiciários e religiosos, que contava com o senado ou conselho dos anciões para aprovar, ou não as leis criadas pelo rei.

No ano de 509 a.C. o estado Romano começou a possuir províncias começando a republica Romana, que durou até o ano 27 a.C., durante este período Roma se tornou um grande império, começando a dominar a Itália e depois se voltando a toda costa do Mar Mediterrâneo.

A diferença entre a republica e o império Romano, é basicamente a forma como o governo é instituído, podendo definir como republica, o eleição do governante, e o império como um líder que só perderá o poder quando morrer, que neste caso normalmente era legitimado pro golpe militar ou uma suposta ascendência divina.

Expansão de Roma

Atlas Geográfico CD-Rom

 

Expansão de Roma

Atlas Geográfico CD-Rom

 

 

 

 

3.1 ARQUITETURA DE ROMA – Busca de Inspiração na Grécia

 

A arquitetura romana com sua monumentalidade que comunica a grandiosidade do Estado é o símbolo de seu império. A escala das construções é multiplicada, busca-se uma solidez imponente em detrimento da elegância e da escala humana. Aquedutos, estradas pavimentadas, pontes em alvenaria dão a dimensão do espaço ocupado e da evolução urbanística alcançada pelos romanos.

 Para se entender a estética e a evolução da arte romana deve-se notar que ela é o resultado da somatória de algumas culturas: a primeira forma de urbanização utilizada pelos romanos é a solução Etrusca da cidade cercada por muralhas, com moradias de planta elíptica, sistema de esgoto com canais cobertos, e ruas com traçado ortogonal; a concepção dos templos de Saturno, Bacco e outros no mesmo período de Augusto (43 a.C.- 14 d.C.) são de influência Itálica; já no século I a.C. os templos da praça Argentina, os do Foro Olitório dão mostras da arquitetura grega. Já no ano 13 a.C. a construção do Teatro de Marcelo define uma ordem romana, sua arquibancada não é escavada como no teatro grego e sim sustentada por pilares.

 

Aqueduto na França e Arco de Tito em Roma

Revista Digital Cyber artes

 Nos anos seguintes de Tibério, Cláudio e Nero segue-se a estética imperial de Augusto, sendo que o grande avanço artístico se dá com os Flávios (Vespasiano, Tito e Domiciano entre 70 e 96 d.C.) época da construção do Coliseu 80 d.C. cuja arquibancada abriga cinqüenta mil pessoas. A parte externa da construção é escalonada na sucessão das ordens: tuscânica, jônica e coríntia. A seguir destaca-se o período de Trajano 90-117 d.C. e Adriano 117-136. É durante o governo de Adriano que se constrói uma das mais soberbas obras da Roma Imperial: o Panteon, que foi construído sobre um templo já existente de influência grega, que passa a ser a estrutura interna do templo, um cilindro externo é construído e ele termina numa cúpula aberta no centro, que determina uma iluminação zenital tocante. Obra que evidência a arte de revestir romana com o uso do mármore. As conquistas de Trajano constituem-se a última expansão do império que entra em decadência. Marco Aurélio, Séptimo Severo e Caracala 161- 217 d.C. preocupam-se em manter o império, pois se previam invasões bárbaras e a expansão do cristianismo. Séptimo Severo é quem inicia a construção das termas de Caracalas, que já foi chamada de arte barroca romana, suas ruínas são ainda hoje uma das visões mais surpreendentes de Roma. Vale ressaltar a importância de Vitrúvio, o maior teórico do classicismo romano, que será seguido em todas as épocas até a completa conversão do Império para o cristianismo na era de Constantino, quando a arte romana encerra seu ciclo.

 

 

 

3.1.1 ARQUITETURA ETRUSCA – O Inicio de Roma

Exemplo de arquitetura Etrusca

Perúgia

           

            Os Etruscos vieram da Ásia menor, e se fixaram na Itália central, deixaram várias necrópoles, cidades e sítios arqueológicos de grande beleza. Esta arquitetura etrusca exerceu grande influência na arquitetura romana, assim como a Grega. Houve uma dinastia etrusca denominada Tarqüinios que exerceu grande influência sobre a Roma, que era até então um conjunto de aldeias sendo unificadas pelos Etruscos e se tornando uma grande cidade rodeada de muralhas, e governadas pelos imperadores Etruscos, dos quais quase não temos dados. Sendo assim podemos dizer que eles fundaram a grandiosa Roma, aos quais deixaram grandes marcas como o conhecimento de engenharia, agrimensura e vários símbolos de autoridade, como a coroa de ouro, e todos os outros arquétipos atuais relacionados aos reis.

            Os etruscos acreditavam em Oráculos para conhecer o que os Deuses desejavam, sendo muito ricos religiosamente e mitologicamente. No ano de 550 a.C. a arquitetura etrusca se tornou nitidamente jônica, mostrando todos os traços desta arquitetura tipicamente Grega, sendo que, os etruscos trabalhavam muito com os baixos-relevos, que representavam danças, cerimônias fúnebres e banquetes, sendo uma forte fonte de informações históricas.

            Uma das grandes características da arquitetura etrusca em Roma foi a influência oriental que eles aperfeiçoaram, trazendo a Roma, as abóbadas e os arcos, sendo que mesmo como ótimos construtores pouco restou desta sua arte, pois usavam principalmente madeira sendo que uns dos pouco legados que esta civilização deixou (por serem de pedra), são os túmulos dos Augures e da Leoa.

O Templo etrusco era orientado de norte a sul e possuía uma planta quadrada. Na área do templo, o arauto ouvia e cantava a vontade divina, que lhe era revelada por sinais no céu ou nas vísceras de animais sacrificados. Mas voltando a arquitetura propriamente dita (e não a sua usança...), devemos dizer que os etruscos, se não criaram novos estilos, pelo menos os aperfeiçoaram.

A abóbada, embora não sendo invenção deles, foi por eles muito aperfeiçoada.

A ordem Toscana dos Romanos inspirou-se na arquitetura etrusca, que, aliás, baseava-se na Ordem Dórica Grega.

Outros detalhes que merecem menção são certos aspectos de construção etrusca, tais como o arco irradiante (tão encontrado na arquitetura Romana) e a construção de muralhas, que obedeciam ao sistema poligonal. Tal observação pode ser feita no Arco de Augusto em Perugia, arco este construído de antigas muralhas etruscas. É bom se observar que Perugia, cidade italiana, é de origem e formação completamente etrusca.

3.1.2 ARQUITETURA DE ROMA – No Período da República

Coliseu – Roma

Foto da Cia do turismo

 

            A arte de Roma em geral foi totalmente sem originalidade com exceção da arquitetura que veio devido a influências do período Etrusco, usou da influência e cópia típica romana da arte grega, inovando e aperfeiçoando devido a influência Etrusca, do período anterior.

            Assim como no Egito a arquitetura Romana exprime um caráter monumental, como símbolo de poder (principalmente nos prédios públicos), porém com a diferença de ser essencialmente e impreterivelmente prática. Tendo em vista que os Egípcios faziam suas grandiosas construções para enterrar um único homem, e os romanos, faziam isto para divertir, enterrar, entre outras utilidades de cunho prático. Em contrapartida, a falta de originalidade nas demais artes sendo todas cópias gregas, talvez se deva a este caráter prático dos romanos, sendo que também é provável que exatamente por este motivo que foram os esplendorosos conquistadores que foram estendendo uma pequena cidade-estado, em um grande império que tinha um mar como “rio”.

            A influência etrusca trouxe a Roma, republicana as linhas e curvas (arcos redondos, abobadas e cúpulas), sendo que na fase anterior construíram muitas câmaras subterrâneas, aquedutos e muralhas. Com o domínio sobre a Grécia e a absorção cultural ocorrida, os romanos adotaram as estruturas leves helenísticas, deixando o “peso” da arquitetura etrusca, sem abandona-la realmente e sim fundindo com o estilo gracioso da Grécia. Os materiais usados nesta época foi o mármore.

            Existem várias construções que perduraram desta época até hoje, como o coliseu, cujas ruínas são visitadas por milhares de turistas até hoje.

            As grandes diferenças entre Gregos e Romanos são:

 


Gregos:

Templos para glorificar os Deuses.

 

Materiais como blocos de pedra.

 

O uso de retângulos e linhas retas.

Pilar e dindel como sistemas de suporte.

Os estilos Dórico, jônicos e Corintios.

As esculturas de Deuses e Deusas.

 

A pintura de figuras estilizadas flutuando.

Os temas mitológicos empregados.

 

Romanos:

Prédios cívicos ou honrosos ao império

As paredes de fachada ornamental e concreto.

O uso de círculos e linhas sinuosas.

O arco redondo e as abobadas como sistemas de suporte.

O estilo coríntio exclusivamente de coluna.

As esculturas de seres humanos e autoridades.

As pinturas realísticas com perspectiva.

Os temas ligados a lideres cívicos e de triunfo militar.


3.1.3 O GRANDE IMPÉRIO ROMANO – O Público e o Privado

 

            O império Romano foi instaurado no século I a.C. e Roma foi usada como demonstração de grandeza do império que já era muito grande. Obviamente as outras cidades copiaram o estilo da Capital, aumentando o número de palácios, colunas com estrelas comemorativas, alamedas, aquedutos, estátuas, templos, termas e teatros, que foram erguidos em um vasto pedaço do enorme e variado território romano.

            No decorrer do tempo em que usavam os estilos Gregos criaram mais dois estilos arquitetônicos, em sua evolução arquitetônica denominados Toscano e Composto.

            Essa evolução deve-se principalmente a diferença das construções públicas, e as construções privadas. As edificações públicas tinham dimensões monumentais e quase sempre faziam um conglomerado de certa forma desordenado em torno do poder político, e consistiam em templos, basílicas, anfiteatros, arcos de triunfo, colunas comemorativas, termas, e edifícios administrativos em geral. Já as edificações particulares tinham uma glamurosa decoração no jardim sendo verdadeiramente palácios urbanos, e vilas de veraneio da classe abastada, sendo que se desenvolveram em regiões privilegiadas das cidades e seus arredores.

            Já o “povo”, vivia em construções parecidas com nossos atuais edifícios, onde havia uma cesso público a sacadas e terraços, que tinham o nome de Insulae, que impressionantemente tem tetos de telhas de barro cozido que ainda resistem em plena idade contemporânea.

            Havia também a majestosa engenharia civil romana, que contruia caminhos por todo império, sendo que houve edificações de aquedutos que levavam água limpa até as cidades, e deram origens a complexos sistemas de esgoto que tinha a mesma função dos atuais, dar vazão a água usada e dejetos.

Arco do triunfo

Portal: Viajar Itália

 

 

3.2 ESCULTURA ROMANA – As Personalidades de Pedra

 

Septimus Severo

Museo Nacional de Roma

 As documentações da escultura Romana até o século II a.C. mostram a grande influência Etrusca, porém a partir da dominação da Grécia os escultores romanos, passaram a seguir o modelo Grego, fazendo tantas cópias ao decorrer dos anos, que atualmente quase todos os registros de esculturas gregas, são cópias romanas. A princípio as manifestações artísticas estavam circunscritas à cidade de Roma, presas à sua herança etrusca, mas aos poucos se expandiram pela Itália e pelo Mediterrâneo e receberam uma profunda influência da cultura grega. Ecléticas por natureza, pela sua expansão geográfica e por colecionar diversas colônias, a arte romana têm como principal característica a diversidade de estilos. Ao contrário de outros povos, que retratavam seus imperadores, os romanos procuravam representar todos os habitantes do amplo Império, desde a classe média até os próprios escravos.

O estilo helênico chegou a Roma, através dos saques durante a conquista sendo que depois disto, artistas gregos, instalados em Roma, produziram cópias das obras mais apreciadas pelo seu povo. Seguindo a tendência dos retratos psicológicos da escultura helenística, os romanos, começaram a se especializar em retratos, sendo que de certa forma até mesmo produziram um estilo próprio tendo obras não conhecidas popularmente como “Ara pacis Augustae” (Altar da paz de Augusto).

Os primeiros retratos por meio da escultura do século II a.C mostram a assimilação dos conquistadores Etruscos, e dos conquistados povos itálicos e gregos, provando a absorção cultural que os romanos, exerciam ao dominar determinada região. Esses retratos também tinham uma tendência a idealizar, mostrando os caesares impassíveis. Diferente dos gregos que tinham um foco de certa forma mitológico, e real, a escultura romana talvez por conta dos retratos, era muito política, retratando de forma idealizada e espalhando por toda Roma, bustos e esculturas das personalidades políticas e militares.

Escultura floresceu nos séculos I e II, especialmente no reinado de Hadrianus, sob forte influência grega. Um segundo grande período iniciou-se no ano 193 (Já no império), com Septimius Severus. Entretanto, as condições políticas a partir do século III e a mediocridade dos artistas trouxeram a decadência de todas as artes e da escultura em particular. Entre os objetos domésticos (lâmpadas, ferramentas, armas etc.), executados predominantemente em bronze, existem verdadeiras obras de arte.

Colunas de Trajano

Portal enciclopédia Viva

A escultura romana ficou conhecida principalmente por seus retratos, realistas e práticos. Eles decoravam edifícios públicos e privados, que muitas vezes eram apenas uma base grandiosa para estas esculturas. Arcos edificados por todo o império destacavam-se entre os monumentos mais importantes. Embora muitos não tenham sobrevivido, tinham como função servir de ponto de apoio para estátuas construídas em honra a personagens importantes da época. Exemplos destes arcos são o de Tito (c. 81 d.C.), no Foro romano, e o de Bará, em Tarragona, na Espanha.

Sob os flavianos, Vespasiano, Tito e Domiciano, desenvolve-se o estilo a que se chamou de flaviano. A escultura de retratos atinge então o naturalismo, com prejuízo da emoção.

Em estilo popular estão vazadas as inúmeras cenas da vida do imperador, nas colunas de Trajano (114 D.C.). O gosto romântico de Adriano irá produzir, pouco após, uma profusão de estátuas como a de Antínous, em que o estilo grego encontra sua última expressão, segundo a fórmula, ainda, de Praxíteles.

No século II D.C., o retrato esculpido possui maior grau de emoção. O de Caracala (211 D.C.) é um impressionante retrato de temperamento e caráter. Em princípios do séc. IV, afinal. De novo atinge a escultura elevado nível: a estátua colossal de Constantino, o Grande, já não é um retrato individual, porém ideal.

external image Ara_Pacis_Tellus_Relief.jpg

Ara Pacis Augustae – Tellus/Roma

Foto de: Chet Domitz and Betsy Chunko

 

3.3 UMA PINTURA PARA ROMA

 

Retratos de Fayum

Museu Gregoriano-Etrusco

            Assim como as abobadas da arquitetura Romana, ela tem também exportado dos orientais (pelos Etruscos), as suas primeiras pinturas sendo elas quatro estilos distintos, onde o primeiro no século I a.C. uma tentativa de dar uma ilusão do espaço, sendo que no segundo o movimento é oposto procurando resolver o espaço interno, mostrando tímidas paisagens com horizontes distantes, o terceiro é focado em temas mitológicos e paisagens ideais, sendo o quarto e último, o estilo flaviano, que pegou elementos de todos os outros e incorporou nele, sendo uma decoração quase barroca.

A pintura etrusca se destaca nos afrescos sobre paredes de pedra e tumbas pintadas. Numa fase, inicial os artistas etruscos, esta arte representava momentos de festa e num desenho forte com cores brilhantes e uniformes.

            Depois com o tempo passou a ser mais sombria obtendo cenas de festejos e cortejos fúnebres, dos quais os etruscos foram muito ligados. Todas as cenas destes acontecimentos eram reproduzidas em suas pinturas, onde afiguravam vários personagens. Faziam parte também o retrato dos mortos, que dava muito destaque para a fisionomia das pessoas.

            Depois desta pequena evolução a pintura etrusca, assim como toda a civilização foi absorvida por Roma, sendo governantes dos mesmos.

            O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral.
A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos.

Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore. Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural. Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.    O quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.

Em geral a pintura romana copiou a pintura grega helenística, assim como a escultura não tendo muita originalidade, mudando porém, seu foco trazendo uma característica de retratos principalmente de políticos e pessoas importantes.

O primeiro estilo, também referido como incrustação, esteve em evidencia do século 2 a.C. até o ano 80 de nossa era. Caracteriza-se pela simulação de mármore e o uso de cores vivas. Era uma cópia daqueles achados em palácios da dinastia greco-egipcia de Ptolomeu. Foram também encontrados murais reproduzindo pinturas gregas.

Já o segundo estilo, chamado arquitetônico, que dominou o século I a.C., as paredes eram decoradas com elementos arquitetônicos. Esta técnica consistia em realçar alguns elementos para passar a sensação de profundidade e tridimensionalidade, utilizando, por exemplo, da representação de colunas ou janelas. Durante o período de Augusto (periodo da repúblicano), este estilo predominou, se utilizando de falsos elementos arquitetônicos para emoldurar a composição artística. Uma estrutura inspirada em cenários se desenvolveu, com um plano central flanqueado por dois outros menores. Neste estilo, a ilusão de profundidade com a quebra das paredes era preenchida com cenas e elementos decorativos.

O terceiro estilo foi o resultado de uma reação ao anterior, por volta de 20 a 10 a.C. Deixava a cena mais figurativa e colorida, geralmente com um sentido mais ornamental, freqüentemente apresentando grande fineza na execução. Foram encontradas amostras deste estilo datadas do ano 40 de nossa era em Roma e do ano 60 em Pompéia.

O quarto estilo, chamado fantástico, aparece por volta do ano 60 de nossa era, sendo uma síntese entre os dois precedentes, incorporando ainda uma abundancia de ornamentos. Uma característica típica deste estilo é o uso de figuras destacadas do contexto da cena e inseridas numa arquitetura parecida a um cenário. Teve grande importância na historia da arte pelo fato de um palácio construído por Nero e depois da morte deste, transformado pelo Senado em um edifício de uso publico, chamado Domus Aurea e com as paredes decoradas por pinturas, teve suas ruínas redescobertas na época do Renascimento e foi visitado por artistas da época. Como tinha sido soterrado, e para visitá-lo tinham de descer ao subsolo, as cópias de seus desenhos, feitas por artistas da Renascença recebiam o nome de grotescas e sua estranheza certamente influenciou vários grandes artistas.

Um dos principais pintores do Domus Áurea, e um dos poucos nomes de pintores romanos que chegou até nós. Nesta sucessão de estilos, é importante notar a tensão entre a tendência ilusionista da Grécia e a decorativa tendência que reflete na tradição italiana e na influencia ocidental .

Domus Áurea

Portal www.domusaurea.com.br

 

4. LEGADOS

 

            Legado:. sm (lat legatu) 1 Disposição, a título gracioso, por via da qual uma pessoa confia a outra, em testamento, um determinado benefício, de natureza patrimonial; doação "causa-mortis". 2 Parte da herança deixada pelo testador a quem não seja herdeiro por disposição testamentária nem fideicomissário. 3 Na Roma antiga, comandante de uma legião. L. cultural: língua, costumes e tradições, que passam de uma a outra geração.

            Grego:. (ê) adj (lat graecu) 1 Que se refere à Grécia; grecânico, greciano, Gregório. 2 pop Enigmático; ininteligível, obscuro. 3 gír Atrapalhado, tonto. 4 Ignorante. sm 1 Indivíduo natural da Grécia; greciano. 2 A língua dos gregos. 3 gír Indivíduo que trapaceia no jogo. Em grego, Inform: num programa de editoração eletrônica, diz-se da fonte muito pequena para ser exibida de forma precisa, sendo então mostrada como uma linha e não como caracteres individuais: Fonte em grego. Não estar falando grego: exprimir-se em linguagem compreensível.

Romano:. adj (lat romanu) 1 Pertencente ou relativo à Roma antiga. 2 Relativo à Roma atual. 3 Digno dos antigos romanos. 4 V românico. 5 Diz-se da escola de pintura fundada por Perugino. 6 Diz-se da Igreja Católica. 7 V algarismo romano. sm 1 Habitante ou natural da Roma moderna. 2 Natural da Roma antiga. 3 Ling Língua romana. 4 Tip Nome de qualquer dos tipos comuns que se usam geralmente no texto dos livros ou jornais; redondo

 

Vênus de Milos

Museu do Louvre

4.1 LEGADOS GREGOS

 

         Os gregos legaram a civilização ocidental contemporânea e de todos os tempos muita coisa como a astrologia, astronomia, a matemática, a música e principalmente as artes. Os gregos inventaram as olimpíadas, e a democracia, eventos que participam ativamente da civilização mundial atual.

            O mais impressionante dos gregos é que eles deixaram de ser submissos aos deuses e passaram a focar sua vida e sua arte principalmente nos homens, colocando-nos no centro do universo, e partindo assim para uma evolução intelectual que deu origem aos seus mais famosos pensadores estudados até hoje em qualquer faculdade de psicologia, filosofia, sociologia, entre outras. São estes Platão e Aristóteles, surgindo o primeiro que foi sendo acompanhado (em idéias) pelo segundo, desenvolvendo assim a filosofia como a conhecemos.

            Porém o inicio da filosofia grega provavelmente provêm do Egito, sendo que o Alfabeto grego derivou dos fenícios (chamados também de cretenses), como também na ciência antiga e moderna muito devemos aos gregos, porém eles também as devem aos egípcios e mesopotâmicos. Muitas outras civilizações começaram as evoluções que os gregos alcançaram, mas apenas o senso de liberdade, a centralização no homem, entre outras coisas que fez comq eu somente esta civilização chegasse ao ponto de eclodir intelectual e culturalmente.

            Quando se estuda a história grega descobre-se que estamos estudando as bases do pensamento atual, muitas das maneiras de pensar são gregas, assim como suas obras de arte ficaram na história universal, sendo influência dos artistas de todos os períodos da história ocidental.

            A cultura grega foi tão forte que até mesmo a civilização romana que os subjulgou no ano de 146 a.C., foi dominada pela cultura dos gregos fazendo com que estes até mesmo lecionasse nas suas escolas.

            Houve também legados físicos como o Partenon, e a Vênus de Milos.

 

 

4.2 LEGADOS  DE ROMANOS

 

Maquete de Roma Antiga

Produzidas por alunos do colégio São Franscisco

A civilização romana foi original e criadora em vários campos: o Direito Romano, codificado no século VI, ao tempo do imperador Justinianus, constituiu um corpo jurídico sem igual nos tempos antigos e forneceu as bases do direito da Europa medieval, além de ter conservado sua vigência, em muitas legislações, até os tempos modernos. As estradas romanas, perfeitamente pavimentadas, uniam todas as províncias do império e continuaram a facilitar os deslocamentos por terra dos povos que se radicaram nas antigas terras imperiais ao longo dos séculos, apesar de seu estado de abandono. Conservaram-se delas grandes trechos e seu traçado foi seguido, em linhas gerais, por muitas das grandes vias modernas de comunicação. As obras públicas, tais como pontes, represas e aquedutos ainda causam impressão pelo domínio da técnica e o poderio que revelam. Muitas cidades européias mostram ainda em seu conjunto urbano os vestígios das colônias romanas que foram no passado. Se, em linhas gerais, a Arte Romana não foi original, Roma teve o mérito de haver sabido transmitir à posteridade os feitos dos artistas gregos. Os poucos vestígios que sobreviveram da pintura romana mostram que as tradições gregas continuavam vivas. Os temas indicam a crescente preocupação religiosa, a serviço dos imperadores divinizados; referem-se, principalmente, à imortalidade da alma e à vida de além-túmulo. O cristianismo se valeu do Império Romano para sua expansão e organização e depois de vinte séculos de existência são evidentes as marcas por ele deixadas no mundo romano. O latim, idioma que a expansão romana tornou universal, está na origem das atuais línguas românicas, tais como o espanhol, o italiano, o português, o francês, o catalão e o romeno. Depois de quase dois mil anos, pode-se ainda falar de um mundo latino de características bem diferenciadas.

Fora estes legados deixaram também legado físicos como o Coliseu, e o Arco do triunfo.

5. Conclusão

 

Mársias", do grupo Atena e Mársias. Cópia romana de mármore do original grego de Míron. Data do original: -460/-440. Musei Vaticani.

            A Grécia ficava situada em uma região em que nesta época estava em grande evolução, e foi a civilização fundamental para a construção, consolidação e organização do homem atual, sendo que podemos perceber suas influências em todos os tempos, em todos os lugares mesmo que contemporâneo, inclusive quando se faz uma pesquisa na internet para citar algo sobre a arquitetura ou a pintura Grega existem milhões de empresas de arquitetura atuais que caem na malha da pesquisa.

            Os Gregos foram percussores da filosofia, de uma arte refinada, dos conceitos mais básicos de geometria, música literatura, sem dizer no seu maior legado que foi a linguagem escrita, que usamos bem parecidas com a antiga Grega, que inclusive eu a uso ao escrever esta conclusão, e o leitor usa para ler. O nome alfabeto já é uma referência a Grécia antiga sendo Alfa, a primeira letra dos gregos e beta a segunda:

Cópia romana do discóbolo. Roma, Museo Nazionale Romano

 

 

A – a

B – b

C – c

D – d

E - e

            Os gregos também colocaram o homem no centro do universo deixando os Deuses de lado até certo ponto, o que trouxe uma fé absoluta das pessoas nelas mesmas.  O milagre grego como dizem foi na verdade passar por cima da fé e da superstição chegando principalmente a acreditar no próprio potencial intelectual sobrepujando qualquer outra coisa.

            A arte grega foi muito refinada e com uma evolução muito técnica, conivente e até mesmo perceptível, sendo que a arquitetura com certeza foi o forte desta civilização, passando de alguns estilos sendo eles o Dórico e o jônico inicialmente, e por ultimo o estilo coríntio, que posteriormente se juntou a arquitetura Romana. Já a pintura foi uma área de pesquisa muito defasada por não haver onde pesquisar já que os documentos históricos são poucos vasos encontrados em sítios arqueológicos, mais próximos a Roma do que a Grécia. Porém a mais esplendorosa das artes gregas foi a escultura, que com o seu realismo e seu estilo nu fez estátuas que pareciam realmente que a qualquer momento iria se mexer, tendo em vista uma proporção anatômica, buscando uma maior fidelidade com o realidade e talvez o que é mais belo, trazendo o homem como centro de suas expressões. Hoje podemos encontrar influências assim (com temáticas mais romanas), nos fóruns, e nos prédios públicos, encontrando bustos de figuras importantes para a nossa política.

A Diana de Versalhes. Cópia romana de mármore. Altura: 2 metros. Data: séc. I-II. Paris, Versailles. Foto: Marie-Lan Nguyen, 2005.

            Obviamente a arte grega não foi exclusivamente pintura, escultura e arquitetura, os gregos, foram percussores do teatro assim como ele é criando grandes construções para os espetáculos. A teoria musical composta de dó, ré, mi, fá, sol, lá e ti (pronuncia-se Si), também foi criada pelos helenos, sendo que também contribuiu muito para a filosofia, ciências contabilidade, geometria, astronomia, entre outras coisas. Não é difícil dizer que os contemporâneos sempre vão viver sobre os alicerces gregos. A única das artes nobres em que eles não tiveram influência direta foi ao Ballet (Clássico), pois este foi criado por volta do ano de 1600 d.C., porém em suas peças de teatro já existia uma forma de dança, não tão refinada quanto a atual.

            Já os Romanos não tiveram muita influência nas artes, aprimorando algumas das obras e estilos gregos, porém, transformaram a arte grega em um objeto de muita utilidade, mesmo política, ou do cotidiano comum. Os romanos ganham seu grande mérito por terem começado com uma pequena área de terra e terem dominado grande parte do continente Europeu, transformando o Mar mediterrâneo em seu mar particular, e também como assimilador da rica cultura grega, e por isto os grandes patrocinadores e preservadores da mesma.

 

 

 

 

6 Referencia Bibliográfica

 

BECKER, Idel, Pequena história da civilização ocidental, Nacional, São Paulo, 1977, 8ª edição, Tradução de:

 

BENEVOLO, Leonardo. Introdução à arquitetura. São Paulo: Mestre Jou, 1972. 273 p. Tradução de: Introduzione all'architettura. Apendice de P.M. Bardi.

 

BRANDÃO, Junito de Souza. Teatro Grego - origem e evolução, Ed. TAB, Rio de janeiro,1980.

 

CALADO, Margarida, PAIS DA SILVA, Jorge Henrique, Dicionário de Termos da Arte e Arquitetura, Editorial Presença, Lisboa, 2005, ISBN 20130007

 

JANSON, H. W., História da Arte, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1992, ISBN 972-31-0498-9

 

PORTAL ELETRÔNICO, Cyber artes, disponível em:

http://www.cyberartes.com.br/indexFramed.asp?pagina=indexAprenda.asp&edicao=118  - 24/05/2008

 

PORTAL ELETRÔNICO, História do Mundo, disponível em:

http://www.historiadomundo.com.br/grega/arquitetura-grega/ - 05/06/2008

 

PORTAL ELETRÔNICO, Dicionário Michaelis, disponível em:

http://michaelis.uol.com.br – 03/06/2008

 

PORTAL ELETRÔNICO: São Francisco, disponível em:

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/civilizacao-grega/arquitetura-grega.php 29/05/2008

 

SANTOS, Maria das Graças Vieira Proença dos, História da arte. Editora Ática, São Paulo, 2005.

 

STRICKLAND, Carol, BOSWELL, Jonh, Arte comentada – Da Pré-história ao Pós-moderno, Ediouro, Rio de janeiro, 2004, 14ª edição Tradução de; Ângela Lobo de Andrade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rodrigo José Guergolet

Ribeirão Pires, 18 de junho de 2008

 

 

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